sábado, 5 de julho de 2014

A COPA QUE PARTICIPEI

Estamos chegando ao fim da Copa do Mundo, faltam apenas 7 dias ou 4 jogos para ser mais exato.
Quem é apaixonado por futebol como eu deve saber a tristeza que vai batendo, isso aumenta ainda mais para quem gosta de uma bagunça (eu).
Para quem acompanhou de perto a "Babel" que o país se transformou, como eu pude acompanhar passando todos os dias pela Avenida Paulista desde que a gringolandia se estabeleceu por aqui, a tristeza ja corroi o coração.
Foram dias incríveis de acompanhar a alegria sem precedentes dos povos que por aqui passaram, dos olhos curiosos desvendando a avenida e as pessoas que por ela circulam diariamente.
Festival de máquinas fotográficas, bares lotados de gente tomando cerveja às 11hs da manhã (ai como é bom ser turista), gritos de guerra, musicas locais, festival de cores em camisas e bandeiras ...
Foi maravilhoso ver aqueles quase 3 km de avenida sendo tomada por gente do mundo todo: europeus, africanos, americanos, asiaticos tudo junto e misturado.
Os paulistas andavam pela paulista sem pressa, sorrindo, sendo prestativo. A noite a avenida era uma festa.
Eu vacilei e não participei da festa da Copa como gostaria, indo nos estadios, mas participei muito dessa festa de povos que só um evento como esse proporciona.
Tive medo da Copa aqui por tudo que a gente sabe e que não vale a pena repetir, fui contra a Copa mas me rendi. "Paguei minha língua", me surpreendi com tudo de positivo que vi e graças a Deus posso admitir, eu errei!
Lindo e emocionante ver que o mundo enxergou tudo aquilo que eu testemunhei de perto, que orgulho saber que o povo brasileiro não é aquele que os jornais estavam noticiando meses antes do evento.
Cheguei a chorar dentro do metro vendo as torcidas indo pro estádio, sensação que não sei descrever (to chorando agora também), um misto de orgulho em saber que fiz parte daquilo (usei meu espanhol meia boca pra ajudar algumas pessoas, tirei foto com gringos, brinquei com outros no meio da rua), de inveja em não ir para o estádio e de raiva por ter sido burra e duvidar que aquilo era possível sim e até melhor.
Agora a cidade esta voltando ao normal, o metro não esta mais tão alegre, a Paulista voltou ao seu ritmo frenetico de pessoas correndo e não olhando pro lado mas quem viu essa festa como eu vi certamente não será mais a mesma pessoa quando se lembrar que o mundo é um só e que somos todos parte dele





Um comentário:

  1. Olá,
    Seu blog é encorajador...
    Também estou me tratando contra um câncer de mama...
    Dessa maneira conheci muitas pessoas pelos corredores dos hospitais que se encontravam tristes e atordoadas, principalmente sem saber como proceder com relação as suas dores e como se comportar com os seus familiares.
    Pior do que as agonias dos doentes que encontram-se fazendo quimioterapia, só mesmo as aflições dos pais dos doentes, né?
    Eu escrevo num site sobre a Amazônia, mas ele possui um segredo.
    Conforme uma promessa que fiz pra alguns colegas enfermos que conheci pelas salas de espera das enfermarias ( Impressionante, tem 10 meses que estou combatendo o câncer e quase metade das pessoas que eu conheci e que estavam com a mesma doença que eu, já morreram, inclusive duas coleguinhas pras quais eu prometi que escreveria sobre o assunto), estou postando no meu site (www.florestaaguadonorte.com.br) os percalços da minha doença. Dá uma olhadinha. Não aparece no menu da lateral, mas no “Mapa do Site” (abre pelo cabeçalho do site), com o nome “ULTRAPASSANDO BARREIRAS: Câncer”. Olha o endereço ai embaixo:
    http://www.florestaaguadonorte.com.br/ultrapassando-barreiras
    Vou indicar seu blog pras outras pessoas que estão ultrapassando problemas de câncer. É bom encontrar pessoas com dificuldades parecidas e que gostam de se ajudar.
    Desejo boa sorte pra você e que sua saúde seja logo recuperada.
    Um abraço
    Carmen

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