sábado, 8 de março de 2014

DANÇANDO CONFORME A MÚSICA

E o carnaval passou e o que eu fiz? Nada!
Mas esse nada me fez refletir muito ...
Quem me conhece sabe que amo carnaval desde criança. Meus pais sempre me levaram nas matines e depois de crescida me apaixonei pelos bloquinhos de rua, porém vários anos não fiz nada por PREGUIÇA.
Esse ano não sai, não curti o carnaval como eu gosto por motivos óbvios.
Carnaval envolve muita gente, bebida gelada, beijo na boca e chuva ou seja um perigo pra quem esta com a imunidade de bebê.
E como eu fiquei por não poder curtir? Mega deprimida.
Fugi da TV e da internet para não ver os outros se divertindo (e também pra fugir da despedida do Bell, do Chiclete com Banana, pq sei que seria sofrível ver o fim de algo que marcou tanto minha vida), me cerquei de livros, filmes e pensamentos que me provaram por "a + b" que aquele velho clichê "a gente só da valor as coisas quando perde" é a pura verdade.
Senti falta do carnaval, que como ja disse perdi algumas vezes por preguiça. Sinto falta da rotina, das ruas cheias, de andar de metro, ter obrigação de acordar cedo ... ando sentindo falta de tudo aquilo que eu reclamava.
Sei que é passageiro, que em breve tudo volta ao normal mas essa reflexão vale pra vida, e pra todos.

Falando em carnaval vou postar a letra do samba-enredo da escola que ganhou o carnaval de SP, a Mocidade Alegre, samba que fala de fé.
Fé que descobri quando me vi nesse turbilhão.
Tudo a ver com meu momento.
Achei lindo, ai vai


Obrigado meu deus
Pela fé que me guia
Em romaria, na procissão
Acendo velas na caminhada
E fecho os olhos em devoção
Oh pai, conduz teus fiéis   a buscar
Na eternidade encontrar, a salvação
Religiosamente acreditar
Não importa a luz que te faz caminhar
Tenha fé que a fé não costuma falhar

Arruda pra benzer, ervas pra curar
Tem reza forte da maria benzedeira
Firma o batuque no meio desse terreiro
Na crença do mandingueiro
Figa de guiné, patuá

Segue, o cortejo pelas ruas da cidade
Falsas promessas, mercadores de ilusão
Mas tem videntes, cartomantes, ciganas
Destino na palma da mão
No amanhã, o futuro virá
Eu boto fé, tudo vai melhorar
Basta querer, acreditar, tá dentro de você
É o povo abraçado em comunhão
Agradecido chega ao fim a procissão
Brilho nos olhos, alma lavada e paz no coração

De joelhos eu vou cantar
Tenho fé de verdade, vou além
Na mocidade, o samba diz amém!


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